sábado, 30 de abril de 2016

FREGUÊS 5 ESTRELAS - OS MAIORES CONFRONTOS


 Sempre que o embate foi realmente importante, o time azul entrou na cancha e deparou-se com seu algoz alvinegro: tremeu.
Dos 4 grandes confrontos a nível nacional/internacional que os Deuses do futebol proporcionaram entre o Clube Atlético Mineiro e o seu arqui-rival, só deu Galo.



A primeira vez foi nas quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1986 - o Galo tinha vantagem de jogar por dois empates porque fez melhor campanha nas duas primeiras fases do torneio - A equipe alvinegra, comandada por Ilton Chaves, tinha craques como Luisinho, Elzo, Nelinho, Zenon e Sérgio Araújo. No primeiro jogo Mineirão lotado, jogo pegado e um frio 0 a 0. Já na volta, o empate heróico por 1 a 1 levou o time da Massa para as semifinais. Era o início da supremacia alvinegra nos confrontos diretos contra seu maior freguês.


A segunda vez foi na Copa Ouro de 1993, onde participariam as equipes vencedoras dos principais torneios Sulamericanos da época, e o Atlético, que havia sido campeão da Copa Conmebol de 1992, conquistou sua vaga.
Belo Horizonte, dia 8 de Julho de 1993. Semi-final da Copa Ouro - desta vez, além de valer uma vaga para uma final, valia também o romantismo de eliminar o grande rival de uma competição Sulamericana - Esta foi a primeira e única vez da história que Atlético e Cruzeiro se enfrentaram num mata-mata em nível internacional.
Em um jogo muito disputado e amarrado, terminou empatado em 0 a 0. Veio a prorrogação e muito nervosismo de ambos lados: nada de gols. Chegava a hora de sanar as dúvidas, quem ficaria com a glória? Na disputa de pênaltis, melhor para o Clube Atlético Mineiro, que venceu por 5 a 4 após a última cobrança mal batida de Cleisson: vaza raposa, aqui é Galo Doido!


Seis anos mais tarde, no celebradíssimo confronto das quartas de final do Brasileirão 1999, quem tinha a vantagem por ter feito melhor campanha anterior era o time celeste, que jogava por vitória e empate ou por três empates. Segundo colocado entre os 22 envolvidos na disputa, o time do Barro Preto teve azar de topar justamente com seu maior terror: o valente Galo impôs sua raça e aplicou uma goleada já no primeiro jogo por 4 a 2. As minorias ficaram descontroladas.
Comandado por Humberto Ramos, a equipe tinha a dupla de ataque Guilherme/Marques como destaque, além de feras como Velloso, Belletti, Alexandre Gallo, Robert, Caçapa e Lincoln.
A segunda partida, no dia 21 de novembro foi inesquecível - o ex-Palestra vencia até os 15 minutos finais e poderia forçar a realização da terceira partida - mas o Galo lutou até conseguir a virada, e aos 35 do segundo tempo Guilherme, de peito, virou o placar, 3 a 2. Belo Horizonte virou um inferno!


- O MAIOR CONFRONTO DA HISTÓRIA:
Em 5 de novembro de 2014, as equipes mineiras bateram seus oponentes e se classificaram para a grande final da Copa do Brasil - O Galo havia quebrado tabus e levado a Massa ao delírio após eliminar Corinthians e Flamengo em viradas históricas, ambas por 4 a 1. Enquanto isso o time celeste tivera um trajeto muito mais fácil na competição, mas isso pouco importava, porque era chegada a hora do maior confronto da história, o clássico dos clássicos: a final do milênio - Pela primeira vez na história, as duas equipes decidiam um título nacional.
Em 12 de novembro acontecia a primeira grande peleja no Horto, alçapão da invencibilidade atleticana e não deu outra: Luan abriu o placar logo aos 8 minutos de jogo e o argentino Jesús Dátolo ampliou aos 15 do segundo tempo: 2 a 0.
E na noite de 26 de novembro, voltávamos ao palco do Mineirão para decidir a grande final. Esperava-se um Cruzeiro jogando pra cima mas o que se viu foi justamente mais um baile do Atlético - Quando Don Diego Tardelli fez o gol de cabeça o time azul se via em uma missão impossível, que aliás, só não era impossível para aquele próprio Atlético. E não deu outra: após as duas vitórias imponentes o Galão insano da Massa sagrava-se campeão encima do rival após uma campanha épica!
O brado retumbante do povo heróico atleticano levou a turma do ex-Palestra às margens nada plácidas da tristeza. Os grandes meios de comunicação transmitiam o jogo e não havia como esconder: aqueles 1.800 guerreiros alvinegros estavam calando 35 mil vozes cruzeirenses. Na marra. E sairam de lá com a garganta sangrando, com a faixa de campeão estampada no peito e encontraram Belo Horizonte à beira do caos como nunca se viu antes.
Ao lado do hino do Clube Atlético Mineiro, o cântico "Eu sei que você treme"(melodia retirada de Creedence Clearwater Revival "Bad Moon Rising"), foi o preferido a ser bradado pelo povo nas ruas de Minas Gerais afora. O lado azulado jamais compreendeu seu destino de freguês: é sua sina.


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