domingo, 1 de maio de 2016

A TORCIDA QUE GANHA JOGO



Futebol? Trata-se de folclore. E já está mais que provado: futebol é sobre dar raça; não apenas o jogador, dentro do campo, mas para todo Ser que vive a intensidade do Clube Atlético Mineiro: aqueles escolhidos que vão ao estádio onde o Atlético joga tem a tarefa, sempre bem cumprida, de "festejar" como ninguém - ganhar na festa, no canto, no grito. Fazer mais barulho que qualquer outro torcedor do planeta possa ter a ousadia de tentar - a Massa vibra como nenhuma outra.



A Massa do Galo provou que é das poucas do mundo que consegue atingir um nível de vibração e intensidade, onde o frenesi da Massa chega a interferir de maneira sobrenatural nos jogadores que estiverem disputando a partida no Mineirão. Lembremos do misterioso tombo de Ferreyra "na hora H" na final da Libertadores.


Me recordo do jogo da volta da Recopa de 2014 onde o Galo forte vingador honrou o seu hino de maneira que transcendesse não só os aspectos da letra de Vicente Motta, mas fazendo juz diretamente ao "segundo" hino da Massa, mostrando que se em 1997 os covardes do Sul de Buenos Aires não aguentaram tomar de 4 a 1, na final em "La Fortaleza", e apelaram para a covardia, a vingança ao nosso freguês argentino seria berrada pela segunda vez à plenos pulmões:


"Chora, não vou ligar
Chegou a hora
Vais me pagar
Pode chorar, pode chorar
É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê
Vou festejar, vou festejar
O teu sofrer, o teu penar"




Voltemos ao início dos anos 90, na nossa primeira conquista da Copa Conmebol em 1992 - Como foi consolidado o placar no primeiro jogo da semi-final contra o Nacional do Equador, no Mineirão? No grito. A Massa, como sempre, extrapolou os limites do alento e como só ela consegue, botou aquela grandiosa estrutura de concreto pra vibrar ao ponto de interferir psicologicamente nos jogadores adversários, impondo uma grande dose de pressão para os visitantes.
Dados à parte, das quatro finais dos títulos sulamericanos disputadas no Mineirão, o Atlético venceu todos os jogos, e em dois desses, ocorreu o inusitado fato de um jogador adversários fazer gol contra, e acima de tudo, de maneiras totalmente bizarras. Claramente a atmosfera criada pela torcida exprimiu esse medo: ambos os gols-contra foram decisivos e no fim do jogo. Em 1992 o Galo precisava vencer por 2 gols de diferença, e o placar foi alcançado no fim do jogo, após muita pressão na área adversária, o zagueiro Quiñonez, na tentativa de se afastar dos atacantes, correu com a bola em direção ao próprio gol e afobadíssimo, acabou empurrando a bola pro fundo de sua própria rede, levando a Massa ao delírio com a classificação épica para a final da Copa Conmebol.
E o último gol da final da Recopa? O lance bobo do experiente Ayala demonstrou, mais uma vez, todo o nervosismo que os jogadores adversários experimentam ao enfrentar o Clube Atlético Mineiro sob a tutela de seu povo devoto.
GAAAAALÔÔÔÔÔÔÔÔÔ!!!

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