Por Roberto Drumomnd
Que mistério tem o Atlético que às vezes parece que ele é gente?
Que a gente associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, filho)?
Que a gente confunde com a alegria que vem da mulher amada?
Que mistério tem o Atlético que a gente o confunde com uma religião?
Que a gente sente vontade de rezar " Ave Atlético, cheio de graça"?
Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera?
Que tudo se alegra à passagem de sua bandeira?
Que tudo se transforma num mar branco e preto?
Que tudo canta?
Que tudo é irmão?
Que tudo se ilumina?
Que mistério tem o Atlético, que entra pelas casas e corações adentro?
Já vi de tudo nos campos de futebol. Vi valente tremer.
Covarde virar herói. Ateu rezar. Vi os brutos amando. E, já vi sim, eu vi, um cego no Mineirão "assistindo" a um jogo do Atlético.
-Quem é você, cego, que está no Mineirão, usando esta camisa branca e preta e esta fita apache alvinegra?
-Eu sou Paulo Antônio, cego de nascença.
-Que mistério é esse, cego: o que um cego está fazendo aqui no Mineirão?
-Torcendo pro Galo.
-Mas como um cego pode torcer, se não enxerga?
-Eu enxergo com o coração. Não, eu não preciso do meu transistor, eu sei quando é que o Atlético está com a bola.
-Mas como, cego, explica, cego, que mistério é esse.
-Quando o Atlético pega a bola eu escuto um barulho tão grande que parece o fim do mundo.
Que a gente associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, filho)?
Que a gente confunde com a alegria que vem da mulher amada?
Que mistério tem o Atlético que a gente o confunde com uma religião?
Que a gente sente vontade de rezar " Ave Atlético, cheio de graça"?
Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera?
Que tudo se alegra à passagem de sua bandeira?
Que tudo se transforma num mar branco e preto?
Que tudo canta?
Que tudo é irmão?
Que tudo se ilumina?
Que mistério tem o Atlético, que entra pelas casas e corações adentro?
Já vi de tudo nos campos de futebol. Vi valente tremer.
Covarde virar herói. Ateu rezar. Vi os brutos amando. E, já vi sim, eu vi, um cego no Mineirão "assistindo" a um jogo do Atlético.
-Quem é você, cego, que está no Mineirão, usando esta camisa branca e preta e esta fita apache alvinegra?
-Eu sou Paulo Antônio, cego de nascença.
-Que mistério é esse, cego: o que um cego está fazendo aqui no Mineirão?
-Torcendo pro Galo.
-Mas como um cego pode torcer, se não enxerga?
-Eu enxergo com o coração. Não, eu não preciso do meu transistor, eu sei quando é que o Atlético está com a bola.
-Mas como, cego, explica, cego, que mistério é esse.
-Quando o Atlético pega a bola eu escuto um barulho tão grande que parece o fim do mundo.
(Crônica publicada no jornal "Hoje em Dia" de 28 de novembro de 1999 - Depois de eliminar o rival cruzeiro nas quartas-de-final, o Atlético iniciava, nesse dia, a batalha com o Vitória-BA e se classificaria para a decisão do Campeonato Brasileiro.)
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